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  • Foto do escritorVitor Bertuzzi

Do Sonho ao Patrimônio: viabilidade econômica?

Patrimônio é entendido muitas vezes como tijolo. No entanto, ações de empresas na bolsa são patrimônio também e seguindo essa linha de raciocínio, por que não as ações da sua empresa? Esse texto não pretende dar a fórmula mágica para alcançar o patrimônio, mas sim, buscar auxiliar no processo de avaliar se o sonho é de fato um bom negócio.


Primeiro, é importante começar explicando que há várias maneiras de fazer um cálculo sobre se o negócio é bom e não pretendemos aqui elencar as mesmas, mas sim dar parâmetros e passos para avaliação. Após ter a ideia e desenhar como vai funcionar o seu negócio, é hora de entender se o mesmo realmente pode ser viabilizado:


Comece entendendo em que mercado você está:


O mercado de combustível é um mercado de muito volume e derivado de uma commodity. Sendo assim, assumimos que é um mercado de pouca margem. Porém, juntando o volume com uma loja de conveniência 24h em que o preço é acima da média, podemos ter uma margem maior do que o esperado para o negócio. Cada segmento tem uma margem líquida (relação do lucro líquido em relação a receita liquida) e um ROI (retorno sobre capital investido) específico. Portanto, é importantíssimo saber se o seu foco se dará em volume, ou em capital intensivo, ou, atém mesmo, nos dois.


Pegue uma empresa de capital aberto para entender as relações de custos em relação a receita:


Mais importante que saber fazer o cálculo é saber usar as premissas que nele existem. Podemos construir um prédio considerando que o custo de construção vai ser o que o empreiteiro passou. Contudo, se o custo do prédio for menor que a média do CUB, com certeza algo de errado não está certo! Portanto, nesse momento é importante avaliar quais premissas vão ser utilizadas para o cálculo. Para tanto, traremos alguns de premissas


Receita:


i. Ticket médio por produto

ii. Quantidade de produto vendida por medida de tempo (hora, dia, mês)

iii. Sazonalidade da receita (verão, inverno, férias, final de semana)

iv. Publico alvo: quantidade de pessoas com capacidade de renda e aptidão por querer o produto. Esse ponto é extremamente difícil, mas geralmente nos relatórios de empresas de capital aberto eles demonstram como chegam na demanda.


Despesa

  • Recentemente postamos um artigo sobre como fazer um orçamento com base zero. Esse artigo servirá de base para as rubricas que vamos utilizar aqui, importante a leitura desse para complementaridade.

A importância do método OBZ

  • Assim que levantadas todas as rubricas do método, é importante comparar as estimativas feitas em relação a receita, ou seja, em uma empresa de serviços é logico de se esperar que o custo com pessoas seja maior que as despesas administrativas. No entanto, em uma empresa de info-produto, espera-se que o custo com marketing e comissão seja maior que o com pessoas, visto que o negócio busca ser escalável e com capacidade de automação;

  • Por fim e não menos importante, é essencial que se entenda a parte tributária. Nesse caso, se a empresa será do Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Há regras especificas e vamos postar um artigo sobre isso, mas essencialmente aqui é importante ter um escritório de contabilidade e jurídico dando sustentação a matéria. Para fazermos o cálculo, pode ser usar o parâmetro de mercado sugerido.

A viabilidade de fato


Ainda que cada segmento de negócio tenha um modelo de viabilidade a ser seguido, todos contam com a mesma base: Fluxo de caixa. Desse modo, coloca-se a previsão de receita, as previsões de despesas e custos, chegando ao resultado mensal do negócio. Lógico que explicando assim parece óbvio e simples, porém esse artigo não tem o objetivo de vencer toda a matéria e, sim, de entregar aos poucos o conhecimento necessário para o seu planejamento. Contudo, caso haja o interesse em ter uma planilha, pode mandar e-mail para o contato do site que iremos enviar para você o modelo.


Quando montamos o fluxo de caixa e estima-se um aumento da receita, por consequência, há o aumento do custo variável. Desse modo, é importante que as seguintes análises sejam, também, verificadas:


Margem líquida: mede a eficiência do seu negócio perante o mercado, ou seja, quanto da sua receita você consegue transformar em fluxo de caixa. Basicamente, esse é o indicador mais importante na hora de fazer um “valuation” do seu negócio;


ROI: esse é um indicador para comparar com a TMA (taxa mínima de atratividade). Vamos supor que você vai abrir um negócio e vai custar R$ 100.000,00. Hoje, se investir o mesmo valor com a taxa de juros atual você vai receber aproximadamente R$ 8.000,00 por ano no CDB. A partir disso, se você investir R$100.000,00 em um negócio e rentabilizar seu investimento em mais de 8 mil por ano parece um negócio bom correto? Errado. O resultado de 8% ao ano no CDB é livre de risco, ou seja, é quase zero o risco de a instituição quebrar, diferente do mercado do seu negócio que pode mudar sob qualquer eventual fato em nossa economia. Por isso, é extremamente importante que você entenda qual taxa seu mercado cobra de atratividade para conseguir entender a relação de capital aplicado x retorno do seu investimento.


Por último, o lucro do negócio não é seu salário! É importante que nessa conta você coloque o custo de oportunidade do seu salário, caso de você trabalhar na sua empresa diretamente na operação. No dia a dia, é muito comum ver o empreendedor vivendo com lucro do negócio e fazendo o cálculo da margem líquida e do ROI errado. Obviamente, você não vai deixar seu saldo de caixa negativo apenas para cumprir o plano financeiro. Porém, na hora de analisar é extremamente necessário que esse número pese na conta.


Esperamos ter ajudado a darem o primeiro passo, caso cheguem ao fim desse texto empolgado em fazer a conta de um sonho seu, liga para a gente, porque queremos te ajudar a alcançá-lo!

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