Atuando como uma modalidade que oferece assessoria completa a famílias com alto patrimônio financeiro, o Family Office engloba áreas como jurídica, contábil e inclusive de investimentos.
Como seu próprio nome sugere, esse conceito nada mais é do que um escritório composto por especialistas em administrar recursos e a fortuna de uma família ou empresa familiar. Portanto, resumindo, essa é uma estratégia utilizada no mercado financeiro para executar a gestão patrimonial de um investidor.
Seu grande diferencial, se compararmos com os outros tipos de administração de patrimônio, é que os Family Offices costumam tratar inclusive da gestão tributária e fiscal, sucessão empresarial, transmissão de patrimônio, inventário, educação financeira familiar e o que envolve a vida financeira dos clientes em sua totalidade.
Esse serviço já é muito utilizado por famílias milionárias nos Estados Unidos. Por aqui no Brasil, o modelo é replicado por várias empresas e ainda vem se estabelecendo.
Para você ter uma ideia, em nosso país os Family Offices geralmente exigem uma quantia mínima de patrimônio para a prestação dos seus serviços: o valor gira em média de R$ 100 milhões.
Mas como isso tudo funciona?
O funcionamento de um Family Office é parecido com o de uma empresa, porém nesse caso o objetivo é fazer a manutenção dos bens. Dessa forma, a organização vai atuar como uma gestora de ativos, sendo que esses ativos são da própria família.
Aliás, o patrimônio financeiro familiar pode ser dividido entre dois tipos: ativos líquidos e ativos ilíquidos. O primeiro abrange todo o fluxo de caixa, ou seja, o dinheiro movimentado nas contas familiares, incluindo investimentos e cotas de fundos.
Já o ativo ilíquido compreende os imóveis, terrenos e itens como obras de arte e joias, por exemplo. Esse tipo de ativo não pode ser convertido em caixa rapidamente sem que haja redução substancial do preço, tendo como característica portanto menor liquidez.
Entre as principais vantagens desse modelo de gestão está garantir maior tranquilidade e liberdade para a família, já que a administração dos recursos fica sob responsabilidade do Family Office. Descomplicar as questões relacionadas à sucessão patrimonial, inventário e transmissão de patrimônio também é outro benefício que merece ser lembrado, conforme havíamos comentado anteriormente.
Tipos de Family Office
Vale lembrar ainda que, dentro da estrutura de Family Office, é possível prestar serviço para apenas uma ou então várias famílias ao mesmo tempo.
Na primeira opção, os chamados Single-Family Offices são empresas criadas pelas próprias famílias que buscam um serviço totalmente exclusivo e que atenda todas as suas necessidades. Já os Multi-Family Offices atuam auxiliando diversos perfis de famílias, sem limite de quantidade.
É por esse motivo que esse último modelo costuma ter um custo menor, por já oferecer o serviço de forma padrão para diversos clientes. Mas vale explicar ainda que, no geral, as taxas cobradas são acordadas com a família, podendo ser uma taxa fixa ou então um percentual dos lucros dos ativos administrados.
Por fim, finalizando nosso artigo, reiteramos mais uma vez a função dos Family Offices como conselheiros familiares em diversos campos de atuação. Ao invés de somente obter mais lucros, seu intuito é tanto preservar o lado financeiro pelas próximas gerações quanto manter o capital intelectual e humano.
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