Valuation se tornou uma palavra popular, que mede vaidade, mede o quanto um é maior e melhor que o outro, mas não consegue mais transmitir sua origem: avaliação.
Na BGP, quando analisamos um negócio para investir, o que mais nos preocupa é o quanto o número por trás dele afeta a negociação. Todo mundo quer estar envolvido em grandes projetos, grandes negócios, novos unicórnios e esquecem do principal: o próprio negócio.
Gerar caixa se tornou ultrapassado, o moderno é investir tudo e mais um pouco na empresa. Não queremos mais ser saudáveis e sustentáveis, queremos ser os maiores, sonhar em desbancar o Itaú, a Ambev e a Magalu.
No fim, as empresas estão alimentando sonhos dos seus empresários com o dinheiro de terceiros e até o do banco. Mas o mais comum é ver o “empreendedor” na Europa e de carro novo, enquanto a empresa passa por uma reestruturação, por um “cash burn”, com o empreendedor no estratégico, sem preocupação, afinal, é só aumentar os números do futuro, mirar um Market Share maior e captar dinheiro.
Nos preocupamos com a situação atual das empresas, na pandemia, vimos empresas quebrarem em 20 dias e outras triplicarem de tamanho em 2 meses. Nos preocupamos com a volatilidade que tem sido o Valuation das empresas, eles têm mais refletido expectativas do que efetivamente resultado, trabalho e brilhantismo dos empreendedores.
Não somos contrários ao Growth, aos unicórnios, muito menos deixamos de acreditar em empreendedores e grandes sonhos de startups e de PMEs.
Apenas, queremos valorizar cada vez mais o empreendedor raiz que dorme tarde e acorda cedo porque quer salvar empregos e gerar cada vez mais valor para o Brasil.
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